đŸ€”đŸ‡§đŸ‡·â‰ïž Regulação das big techs no Brasil: o que estĂĄ em jogo?

O movimento recente do governo brasileiro, que trouxe dois ex-funcionĂĄrios da Meta — cujas atividades sĂŁo proibidas na RĂșssia por serem consideradas extremistas — para a Secretaria Executiva do MinistĂ©rio da Fazenda, tem gerado discussĂ”es sobre a regulação das grandes empresas de tecnologia no Brasil.

Embora esses profissionais tenham trabalhado anteriormente em defesa da Meta, posicionando-se contra a regulação das big techs (grandes empresas de tecnologia), sua contratação agora visa justamente atuar sobre a regularização dessas empresas no país.

Para Claudio Marcellini, professor e especialista em inclusão digital, essa mudança de função não deve ser encarada com uma visão simplista, mas sim como uma tentativa legítima de enfrentar um desafio complexo.

"A grande verdade Ă© que em qualquer acordo ou contrato sĂł as duas partes sabem realmente quais sĂŁo os interesses envolvidos", afirma Marcellini.

Ao analisar o papel desses ex-funcionårios, ele sugere que, em vez de um cavalo de Troia, pode-se estar buscando interlocutores que realmente compreendem as dinùmicas corporativas dessas gigantes tecnológicas. Esse entendimento seria, segundo ele, fundamental para o processo de regulação que estå em andamento.

Com um olhar atento para a histĂłria recente e as movimentaçÔes no cenĂĄrio polĂ­tico, Marcellini destaca que o governo brasileiro tem, ao longo dos Ășltimos dois anos, discutido possĂ­veis taxaçÔes e formas de colaboração com as big techs.

"Ao menos na teoria, isso representa um avanço em relação à inércia que marcou o início dessa trajetória", diz ele, reconhecendo a necessidade de ação, ainda que muitas vezes sem a clareza que o tema exige.

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