🇧🇷🪖🗣 'Hoje ninguém pode prescindir da aviação', diz analista sobre compra de drones armados pelo Exército

Na última semana, o Exército Brasileiro lançou concorrência para a compra de três unidades de drones Categoria 3. Este será o primeiro modelo armado do Exército, que já opera outros sete, todos de monitoramento.

À Sputnik Brasil, especialistas militares afirmam que esta é uma ótima oportunidade para aprimorar ainda mais as capacidades nacionais.

Lançada no dia 19 de março, a Consulta Pública 01/2025, assinada pelo general de brigada Marcelo Rocha Lima, chefe do Escritório de Projetos do Exército (EPEx), determina que a força terrestre abra a concorrência para a compra de três unidades de uma aeronave remotamente pilotada.

Mais especificamente, como descrito no anexo IV, o drone armado deve ter peso máximo de decolagem de 700 kgf, altura máxima de voo de 19 mil pés e alcance mínimo absoluto de 300 km, dentre outras dezenas de requisitos.

"É muito bom que o Exército busque esse tipo de armamento", diz à reportagem o coronel da reserva da Força Aérea Brasileira (FA Carlos Eduardo Valle Rosa, professor doutor no Programa de Pós-Graduação em Ciências Aeroespaciais da Universidade da Força Aérea (PPGCA/Unifa).

O coronel explica que a aplicação desse equipamento pelo Exército é distinta daquela realizada pela FAB. Para a Aeronáutica, é mais válido usar drones maiores, capazes de acompanhar ou até mesmo substituir aviões em suas missões. Já o Exército lida com uma aviação enquanto peça de artilharia aérea, capaz de penetrar na linha inimiga e destruir outro armamento.

Para João Gabriel Burmann, professor da UniRitter e pesquisador do Instituto Sul-Americano de Política e Estratégia (ISAPE), o edital para a aquisição de drones armados sinaliza que o Exército deseja incorporar essa tecnologia ao seu arsenal, a fim de proteger as fronteiras do país de eventuais ameaças.

No edital lançado há a exigência de que os sistemas das empresas que participarão não podem ter restrições relativas à Regulação Internacional do Tráfico de Armas (ITAR, na sigla em inglês) dos EUA.